O modelo de BJ Fogg, também conhecido como o Modelo de Comportamento de Fogg (Fogg Behavior Model – FBM), é uma estrutura criada pelo pesquisador BJ Fogg da Universidade de Stanford para explicar como os comportamentos humanos são formados, especialmente no contexto de design de produtos, mudança de hábitos e persuasão digital.<h3>🌟 A Fórmula do Modelo</h3>O modelo diz que:<blockquote>Um comportamento (B) acontecerá quando três elementos ocorrerem ao mesmo tempo:B = M A T (Behavior = Motivation + Ability + Trigger)</blockquote>Ou seja:<ul><li>Motivação (M) – a vontade da pessoa de fazer algo.</li><li>Habilidade (A) – a capacidade da pessoa de fazer aquilo com facilidade.</li><li>Gatilho (T) – um estímulo que impulsiona a pessoa a agir naquele momento.</li></ul>Se qualquer um desses elementos estiver ausente ou fraco, o comportamento não acontece.<h3>🔍 Explicando Cada Elemento</h3>1. MotivaçãoRefere-se ao quanto a pessoa quer fazer determinada ação. Pode vir de:<ul><li>Prazer vs Dor</li><li>Esperança vs Medo</li><li>Aceitação social vs Rejeição</li></ul><blockquote>Ex: Se alguém está muito motivado a emagrecer, essa motivação pode impulsionar a adotar novos hábitos, mesmo que difíceis.</blockquote>2. HabilidadeÉ o quão fácil é executar o comportamento. Mesmo com alta motivação, se a tarefa for muito difícil, a pessoa pode não agir.<blockquote>Ex: Se um app de exercícios é confuso, a pessoa pode desistir, mesmo estando motivada.</blockquote>3. GatilhoÉ o lembrete, notificação ou estímulo que dá o empurrão final para que a pessoa aja naquele momento.<blockquote>Ex: Uma notificação no celular dizendo "Hora de beber água" é um gatilho.</blockquote><h3>📈 Visual: Gráfico do Modelo</h3>BJ Fogg representa isso em um gráfico com:<figure data-trix-attachment="{&quot;contentType&quot;:&quot;image/webp&quot;,&quot;filename&quot;:&quot;Fogg-Behavior-Model.webp&quot;,&quot;filesize&quot;:44942,&quot;height&quot;:1000,&quot;href&quot;:&quot;https://gabrielestefono.webestcoding.com.br//storage/wHQhVPEOA3Hj0CNgbqz5RCX82o4ViE55Nbyy4KIi.webp&quot;,&quot;url&quot;:&quot;https://gabrielestefono.webestcoding.com.br//storage/wHQhVPEOA3Hj0CNgbqz5RCX82o4ViE55Nbyy4KIi.webp&quot;,&quot;width&quot;:1500}" data-trix-content-type="image/webp" data-trix-attributes="{&quot;presentation&quot;:&quot;gallery&quot;}" class="attachment attachment--preview attachment--webp"><a href="https://gabrielestefono.webestcoding.com.br//storage/wHQhVPEOA3Hj0CNgbqz5RCX82o4ViE55Nbyy4KIi.webp"><img src="https://gabrielestefono.webestcoding.com.br//storage/wHQhVPEOA3Hj0CNgbqz5RCX82o4ViE55Nbyy4KIi.webp" width="1500" height="1000"><figcaption class="attachment__caption">Fogg-Behavior-Model.webp 43.89 KB</figcaption></a></figure><ul><li>Eixo X (horizontal): Habilidade (difícil → fácil)</li><li>Eixo Y (vertical): Motivação (baixa → alta)</li><li>Uma curva mostra a linha de ativação: se a combinação de motivação e habilidade está acima da linha, o gatilho funciona e o comportamento ocorre.</li></ul><h3>🧠 Exemplo Prático</h3>Comportamento desejado: Alguém começar a usar um app de meditação.<ul><li>Se a pessoa quer muito relaxar (alta motivação),</li><li>O app é simples e direto (alta habilidade),</li><li>E ela recebe uma notificação suave com um lembrete (gatilho),</li></ul>➡️ O comportamento (usar o app) tem alta chance de acontecer.Mas se:<ul><li>Ela está estressada (alta motivação),</li><li>O app é confuso (baixa habilidade),</li><li>A notificação chega em momento ruim (gatilho fraco),</li></ul>➡️ O comportamento provavelmente falha.<h3>🧩 Aplicação prática</h3>Esse modelo é muito usado em:<ul><li>Design de produtos digitais (apps, sites)</li><li>Marketing</li><li>Formação de hábitos (como em apps de saúde ou produtividade)</li><li>Educação e aprendizado digital</li></ul><h3>✅ Resumo claro</h3><blockquote>Para alguém fazer algo, precisa:<ul><li>Querer fazer (motivação),</li><li>Conseguir fazer com facilidade (habilidade),</li><li>Ser lembrado/impulsionado no momento certo (gatilho).</li></ul></blockquote>

Modelo de BJ Fogg: comportamento acontece quando motivação, habilidade e gatilho se encontram.

O Modelo de comportamento de BJ Fogg

<h2>🎯 Introdução: O desafio de fazer alguém agir</h2>Imagine o seguinte: você quer que um usuário se inscreva em sua plataforma, conclua um pedido, ou simplesmente clique em um botão. Parece simples, certo? Mas, no mundo real, milhões de produtos digitais falham em fazer as pessoas completarem ações tão básicas quanto essa.Por quê?Porque agir é mais complexo do que parece. O comportamento humano segue um processo sequencial, e qualquer etapa que falhe... mata a ação.É aí que entra o modelo CREATE, desenvolvido por Stephen Wendel, especialista em economia comportamental e autor do livro Designing for Behavior Change.<h2>🔠 O que é o modelo CREATE?</h2>CREATE é um acrônimo que representa as seis etapas mentais que uma pessoa precisa atravessar para executar uma ação intencional:<blockquote>Cue → Reaction → Evaluation → Ability → Timing → Execution</blockquote>Cada etapa é como um filtro. Se a pessoa for reprovada em qualquer uma delas, a ação não acontece.Vamos explorar cada uma dessas etapas com profundidade e exemplos reais.<h2>🧩 Etapas do funil de ação CREATE</h2><h3>1. 🎯 Cue (Gatilho): Algo chama sua atenção</h3>Todo comportamento começa com um gatilho. Pode ser algo externo (uma notificação, um botão, uma mensagem) ou interno (um pensamento, uma memória, um sentimento).Sem esse estímulo inicial, nada acontece. É como tentar assistir TV sem apertar o botão "ligar".🧠 Exemplos:<ul><li>Um app de saúde envia “Hora da sua caminhada”.</li><li>O site mostra um banner: “Última chance com 50% de desconto!”</li></ul>💡 Dica de design:<ul><li>Use estímulos visuais ou sonoros claros e relevantes.</li><li>Personalize: “Fulano, que tal continuar de onde parou?”</li></ul><h3>2. ⚡ Reaction (Reação): Você sente algo</h3>Após o gatilho, vem a resposta emocional. Antes de pensar racionalmente, seu cérebro reage: surpresa, interesse, medo de perder algo (FOMO), curiosidade.Se a reação for neutra ou negativa, a pessoa ignora.🧠 Exemplo:<ul><li>Notificação: “Promoção relâmpago!” → Reação: Interesse.</li><li>Notificação: “Atualize seus dados cadastrais” → Reação: Preguiça.</li></ul>💡 Dica de design:<ul><li>Use gatilhos emocionais com responsabilidade.</li><li>Emoções positivas costumam gerar mais ação do que medo ou culpa.</li></ul><h3>3. 🤔 Evaluation (Avaliação): Isso vale a pena?</h3>Agora o cérebro começa a pensar: vale o esforço?Aqui entram julgamentos como:<ul><li>“Vai demorar?”</li><li>“Confio nesse site?”</li><li>“O que eu ganho com isso?”</li></ul>Se a avaliação for negativa, ação cancelada.🧠 Exemplo:<ul><li>O botão diz “Comece grátis”, mas a próxima página pede cartão de crédito. Avaliação: 🚫.</li></ul>💡 Dica de design:<ul><li>Diminua o esforço percebido.</li><li>Mostre benefícios de forma clara e imediata.</li><li>Evite surpresas desagradáveis.</li></ul><h3>4. 💪 Ability (Capacidade): Eu consigo fazer isso agora?</h3>Mesmo que a pessoa queira muito, ela precisa ser capaz de agir no momento.Falta de tempo, de conhecimento, de ferramentas, de dinheiro… tudo isso pode impedir a ação.🧠 Exemplo:<ul><li>A pessoa quer comprar, mas o app exige login e ela não lembra a senha.</li><li>Quer doar, mas o site só aceita cartão e ela só tem Pix.</li></ul>💡 Dica de design:<ul><li>Torne a ação simples, rápida e compatível com o contexto do usuário.</li><li>Ofereça alternativas (ex: “Pagar com Pix” além do cartão).</li></ul><h3>5. 🕒 Timing (Momento): Agora é a hora certa?</h3>Mesmo com tudo a favor, o momento pode estar errado.Talvez a pessoa esteja no trabalho, no ônibus lotado, sem fones, com sono, ou simplesmente de mau humor. Ela não vai agir agora — e ponto.🧠 Exemplo:<ul><li>Um app de receitas pede para avaliar o prato durante o jantar com visitas. Errado.</li></ul>💡 Dica de design:<ul><li>Permita ao usuário adiar sem penalidades: “Lembre-me depois”.</li><li>Evite interrupções em momentos críticos.</li></ul><h3>6. ✅ Execution (Execução): A ação realmente acontece</h3>Por fim, se a pessoa passou por tudo isso, ela chega à execução real da ação.E mesmo aqui, pequenos obstáculos técnicos ou de usabilidade podem quebrar tudo.🧠 Exemplo:<ul><li>Botão não funciona.</li><li>Campo obrigatório com erro.</li><li>Página que demora para carregar.</li></ul>💡 Dica de design:<ul><li>Remova fricções técnicas.</li><li>Teste cada etapa obsessivamente.</li><li>Dê feedbacks claros e positivos (“Inscrição concluída com sucesso!”).</li></ul><h2>🔄 Resumo do Funil CREATE</h2> Etapa Pergunta-chave Se falhar, o que acontece? | Cue&nbsp; | "Eu percebi algo que me chama à ação?"&nbsp; | Nada começa | Reaction&nbsp; | "Isso despertou meu interesse/emocional?"&nbsp; | Ignorado | Evaluation&nbsp; | "Vale o esforço ou risco?"&nbsp; | Ação rejeitada | Ability&nbsp; | "Eu consigo fazer isso agora?"&nbsp; | Frustração ou abandono | Timing&nbsp; | "É um bom momento para isso?"&nbsp; | Adiamento (às vezes definitivo) | Execution&nbsp; | "A ação foi executada sem fricção?"&nbsp; | Falha técnica ou desistência final<h2>🧪 Quer aplicar esse modelo na prática?</h2>Se você está construindo um app, site, ou sistema você pode aplicar o modelo CREATE para analisar onde os usuários estão desistindo de seguir o fluxo que você criou.Use o CREATE como um checklist para revisar:<ul><li>Notificações</li><li>Formulários</li><li>Conversões</li><li>Onboarding</li><li>Funis de vendas</li></ul><h2>✅ Conclusão</h2>O modelo CREATE é uma lente poderosa para entender por que as pessoas agem — ou não. Ele mostra que o comportamento humano não é sobre querer, é sobre conseguir passar por todas as etapas mentais e práticas que levam até a ação final.Você não precisa ser designer ou psicólogo para aplicar o CREATE. Basta entender que cada passo conta — e cada falha, mesmo pequena, pode custar uma conversão.

Entenda como o comportamento humano funciona no mundo digital.

O Funil de ações CREATE

<h2>Introdução</h2>Você já parou pra pensar como as pessoas realmente tomam decisões? Spoiler: não é com calma, racionalidade e planilhas.A maior parte das nossas escolhas é feita de forma automática, sem pensar. E isso não é um bug — é uma otimização do cérebro.O conceito de Spectrum of Thinking Interventions nos ajuda a visualizar isso: ele mostra o espectro de mecanismos mentais usados na tomada de decisão, desde hábitos inconscientes até cálculo racional focado.Se você trabalha com UX, design ou desenvolvimento de produto, entender esse espectro pode mudar completamente como você projeta experiências.<h2>O que é o Spectrum of Thinking Interventions?</h2>O Spectrum of Thinking Interventions (ou Espectro de Intervenções Cognitivas) é um modelo que organiza como o cérebro reage a diferentes situações, com base em níveis de esforço mental.A ideia central é:<blockquote>A mente sempre busca a solução mais rápida e que consome menos energia — a não ser que algo a force a agir diferente.</blockquote>Esse espectro vai do pensamento mais automático até o mais deliberado:<h2>1. 🌀 Hábitos</h2>O que é? Ações disparadas automaticamente por um gatilho, com base em repetições anteriores.Quando ocorre? Situações totalmente familiares e repetidas.Exemplo: Abrir o Instagram ao desbloquear o celular sem pensar.No design: Crie gatilhos consistentes para encorajar hábitos desejados.<h2>2. ⚡ Respostas intuitivas</h2>O que é? Decisões baseadas em experiências anteriores, mas sem ser exatamente um hábito.Quando ocorre? Situações familiares, porém com alguma variação.Exemplo: Escolher uma rota diferente ao ver trânsito, com base em memória.No design: Use metáforas visuais e padrões reconhecíveis para ativar a intuição do usuário.<h2>3. 🧍‍♂️ Mindset ativo / autoconceito</h2>O que é? Tomar decisões com base na identidade pessoal ou em valores.Quando ocorre? Quando a situação é ambígua, e o usuário se pergunta “o que alguém como eu faria?”.Exemplo: "Sou organizado, então vou planejar isso no Notion."No design: Reforce identidades positivas. Ex: “Você é um investidor inteligente”.<h2>4. 🧩 Heurísticas</h2>O que é? Atalhos mentais. Decisões rápidas que funcionam "bem o suficiente".Quando ocorre? Quando há atenção, mas não tempo ou energia para análise profunda.Exemplo: Comprar o produto mais bem avaliado na loja.No design: Destaque informações que facilitem decisões rápidas: selos, avaliações, rankings.<h2>5. 🧠 Cálculo consciente</h2>O que é? Análise racional e focada. O cérebro entra no “modo planilha”.Quando ocorre? Em decisões importantes, novas ou complexas.Exemplo: Comparar planos de saúde ou financiamento.No design: Divida tarefas em etapas, reduza fricção e apoie com informações claras e confiáveis.<h2>Como aplicar isso no UX?</h2>✅ Evite exigir mais esforço do que o necessário. Usuários fogem de interfaces que pedem foco quando poderiam apenas seguir um hábito ou heurística.✅ Descubra onde o usuário está no espectro. Seu produto está lidando com decisões automáticas ou deliberadas? A resposta muda totalmente o design.✅ Use o espectro para desenhar fluxos realistas. Não espere que o usuário racionalize tudo. Dê suporte para cada tipo de decisão com feedbacks, sugestões e atalhos.<h2>Conclusão</h2>O Spectrum of Thinking Interventions mostra que as pessoas pensam de formas diferentes em momentos diferentes — e o design precisa respeitar isso.Projetar com base nesse espectro é projetar para o comportamento real, não para o idealizado.

Spectrum of Thinking Interventions: Como as pessoas tomam decisões (e o que isso tem a ver com UX)

Espectro de Intervenções Cognitivas

A Nudge Theory (ou "Teoria do Empurrãozinho") é um conceito da ciência comportamental que mostra como pequenas mudanças no ambiente ao nosso redor podem influenciar nossas decisões — muitas vezes sem que a gente perceba.Criada por Richard Thaler (Nobel de Economia) e Cass Sunstein, a teoria propõe que, em vez de proibir ou obrigar comportamentos, podemos "empurrar" levemente as pessoas a tomarem decisões melhores, sem tirar sua liberdade de escolha.<h3>O que isso tem a ver com UX?</h3>No design de experiência do usuário (UX), aplicar a Nudge Theory significa usar estratégias sutis para guiar o usuário em direção a decisões mais vantajosas — tanto para ele quanto para o produto.Mas atenção: não se trata de manipular, e sim de ajudar o usuário a tomar boas decisões de forma mais fácil e natural.<h3>Exemplos práticos da Nudge Theory no UX</h3>1. 🏗️ Arquitetura de Escolha (Choice Architecture)A forma como as opções são apresentadas muda completamente a decisão do usuário.Exemplos:<ul><li>Mostrar os planos mais populares em destaque.</li><li>Colocar a opção mais vantajosa no topo da lista.</li></ul>🟢 Objetivo: guiar a escolha sem forçar, apenas reorganizando a interface.2. ✅ Padrões por Defeito (Defaults)É quando você pré-seleciona uma opção mais inteligente, mas sempre dá liberdade para o usuário mudar.Exemplos:<ul><li>Deixar marcada a opção "receber novidades por e-mail".</li><li>Habilitar por padrão configurações de privacidade mais seguras.</li></ul>🟢 Objetivo: facilitar boas decisões, especialmente quando o usuário está com pressa.3. 👥 Prova Social (Social Proof)As pessoas confiam mais em escolhas feitas por outras pessoas como elas.Exemplos:<ul><li>Mostrar que "milhares de pessoas compraram esse produto".</li><li>Exibir avaliações e depoimentos de clientes.</li></ul>🟢 Objetivo: reduzir a incerteza e aumentar a confiança.4. ⏱️ Intervenções no Momento Certo (Timely Interventions)É quando o sistema oferece ajuda ou sugestão no exato momento em que o usuário precisa.Exemplos:<ul><li>Mostrar uma dica quando o usuário trava em um formulário complexo.</li><li>Lembrar o usuário de finalizar uma compra abandonada.</li></ul>🟢 Objetivo: manter o usuário no fluxo e evitar frustrações.<h3>⚖️ Ética e responsabilidade</h3>Usar a Nudge Theory no UX exige cuidado. O objetivo é ajudar e orientar, não manipular. Por isso:<ul><li>Sempre ofereça alternativas claras.</li><li>Não esconda informações importantes.</li><li>Nunca dificulte o "não".</li></ul>Usuários valorizam transparência e autonomia, e isso fortalece a confiança na sua marca.<h3>📌 Conclusão</h3>A Nudge Theory é uma ferramenta poderosa que mostra como detalhes aparentemente pequenos podem ter um grande impacto nas decisões das pessoas.Ao aplicá-la no UX, designers podem criar experiências mais inteligentes, humanas e eficazes, conduzindo os usuários de forma leve e respeitosa rumo a escolhas melhores.

Use empurrõezinhos no UX para influenciar decisões sem manipular o usuário.

Nudge Theory no UX: Pequenos empurrões

Você já percebeu que às vezes toma decisões sem pensar muito, e outras vezes precisa parar, analisar e pesar cada detalhe? &nbsp;A Dual Process Theory explica isso dizendo que temos dois modos de pensar:<h3>🧠 Sistema 1 — O modo rápido e automático</h3><ul><li>É o piloto automático do cérebro.</li><li>Usa experiências passadas, emoções e atalhos mentais.</li><li>Ideal para tarefas simples e decisões do dia a dia.</li><li>Pode errar, porque reage sem pensar muito.</li></ul>💡 Exemplo: clicar num botão vermelho piscando só porque parece urgente.<h3>📊 Sistema 2 — O modo lento e analítico</h3><ul><li>É o modo calculadora do cérebro.</li><li>Exige atenção e esforço mental.</li><li>Mais preciso, mas mais demorado e cansativo.</li><li>Usado para decisões importantes e problemas complexos.</li></ul>💡 Exemplo: decidir se aceita ou não uma proposta de emprego.<h2>O que isso tem a ver com UX Design?</h2>Quando alguém usa um site ou app, às vezes está no modo rápido (System 1) e às vezes no modo analítico (System 2). Um bom design conversa com os dois:<ul><li>Facilidade: usar padrões familiares e fluxos simples.</li><li>Pistas visuais: cores, ícones e tipografia para guiar.</li><li>Evitar erros: feedback claro e opção de desfazer.</li><li>Respeitar estilos diferentes: usuários rápidos e detalhistas.</li><li>Testar de verdade: ajustar o design com base no uso real.</li></ul><h2>Conclusão</h2>Se você cria experiências que atendem tanto ao pensamento rápido quanto ao pensamento lento, seu produto fica mais agradável, eficiente e confiável. E se quiser se aprofundar no assunto, recomendo o livro Thinking, Fast and Slow, de Daniel Kahneman — leitura obrigatória para entender como as pessoas realmente tomam decisões.

Entenda os dois modos de pensamento e como usá-los no design de experiências melhores.

Dual Process Theory

&nbsp;A tecnologia persuasiva é uma área do design de UX que se concentra no uso da tecnologia para influenciar o comportamento humano e incentivar os usuários a realizar ações específicas. Ela combina princípios da psicologia e do design para criar experiências que impactam o comportamento do usuário de maneira desejada. O objetivo da tecnologia persuasiva é persuadir ou encorajar sutilmente os usuários a adotar hábitos ou comportamentos específicos, muitas vezes com a intenção de melhorar sua experiência geral ou alcançar um determinado resultado.&nbsp;<h3>Exemplos comuns de tecnologia persuasiva</h3><ol><li>&nbsp;Reforço&nbsp; Consiste em fornecer feedback positivo ou recompensas por determinadas ações.<ul><li>Exemplo: O Duolingo entrega pontos e medalhas para quem mantém a sequência de estudos.</li></ul></li><li>&nbsp;Influência social&nbsp; Utiliza conexões e normas sociais para guiar decisões.<ul><li>Exemplo: Sites como Amazon e Booking mostram quantas pessoas avaliaram bem um produto ou reservaram um hotel recentemente.</li></ul></li><li>&nbsp;Escassez Explora a ideia de disponibilidade limitada ou ofertas temporárias para gerar urgência.<ul><li>Exemplo: “Restam apenas 2 ingressos” ou “Promoção termina em 3 horas” em e-commerces.</li></ul></li><li>&nbsp;Personalização&nbsp; Ajusta a experiência com base nas preferências, comportamento ou dados demográficos do usuário.<ul><li>Exemplo: A Netflix sugere filmes e séries semelhantes ao que você já assistiu.</li></ul></li><li>&nbsp;Compromisso e consistência Estimula pequenos compromissos que evoluem para compromissos maiores ao longo do tempo.<ul><li>Exemplo: Aplicativos de hábitos pedem que você registre uma única tarefa no início, aumentando gradualmente a frequência.</li></ul></li></ol><h3>Responsabilidade e ética</h3>Incorporar tecnologia persuasiva no design de UX pode gerar experiências mais eficazes e envolventes. No entanto, é essencial aplicar essas técnicas de forma responsável, garantindo que o objetivo final esteja alinhado com os interesses do usuário e evitando manipulações prejudiciais.

Área do design de UX que se concentra no uso da tecnologia para influenciar o comportamento humano.

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